A Organização humanitária brasileira Fraternidade sem Fronteiras (FSF), por meio do projeto Órfãos do Congo, acompanha com muita preocupação o avanço e agravamento dos conflitos armados na República Democrática do Congo, nos últimos dias. A FSF atua no país desde 2021 com o resgate e acolhimento de crianças que tiveram os pais mortos em ataques armados, a maioria, civis. Hoje são 370 crianças acolhidas em duas unidades de orfanato da FSF no país.
“O momento é de extrema tensão. Historicamente, esses conflitos têm feito milhares de crianças órfãs e forçado famílias inteiras a se deslocarem, buscando sobrevivência”, descreve Wagner Moura Gomes, fundador-presidente da Fraternidade sem Fronteiras.
Entenda a situação
A República Democrática do Congo sofre há décadas com as milícias. Desde 2022, um desses grupos armados intensificou os conflitos contra o governo congolês, ocupando importantes cidades. No início deste ano, os rebeldes tomaram novos territórios e chegaram à Goma, a maior cidade na região leste do país, que abriga cerca de 2 milhões de pessoas.
A Organização das Nações Unidas estima que mais de 400 mil congoleses foram obrigados a fugir de suas casas desde que os combates entre os rebeldes e o Exército se intensificaram. Outras centenas de pessoas foram mortas, incluindo civis e militares em missão de paz.
A principal razão dos conflitos é o interesse e a competição pela exploração e comércio de recursos naturais, principalmente os minerais usados para a produção de telefones e computadores.
Projeto Órfãos do Congo
Diante do agravamento da situação na República Democrática do Congo, o projeto Órfãos do Congo busca garantir os recursos para dar continuidade aos trabalhos com as 370 crianças já acolhidas e reforça a necessidade da ajuda humanitária para, no momento de maior segurança, oferecer acolhimento para as crianças em situação de vulnerabilidade.
“Em meio aos confrontos armados, as crianças ficam abandonadas, caem em severa desnutrição, e muitas são capturadas para se tornarem crianças soldados dos grupos armados”, explica o congolês Maick Mutej, coordenador do projeto Órfãos do Congo, que já foi um refugiado de guerra e morou no Campo de Refugiados Dzaleka, no Malawi, onde conheceu a FSF e se uniu a voluntários da Organização para levar ajuda e esperança a outras pessoas que passam pela situação vivida por ele.
O projeto atua, inicialmente, para resgatar as crianças órfãs dos locais de perigo e pelas ruas, e, na sequência, para oferecer a elas um ambiente seguro para que possam viver com mais alegria, paz e esperança para um futuro melhor. Nos orfanatos da FSF são oferecidos atendimentos médicos, psicológicos, alimentação, moradia, educação, lazer, esportes e proteção.
“Estamos atentos, vigilantes e convidamos todos para agirmos, amorosamente, tão logo seja possível para acolhermos mais crianças órfãs e famílias refugiadas, semeando a paz”, conclui Wagner.
Todo o trabalho da FSF é mantido pelo apadrinhamento – doação mensal e contínua – no valor a partir de R$25. Para apadrinhar, acesse: fraternidadesemfronteiras.colabore.org/apadrinhecongo
Sobre o Projeto Órfãos do Congo – desde novembro de 2021, Órfãos do Congo tem o objetivo de acolher crianças órfãs em situação de extrema vulnerabilidade pelas ruas e áreas de conflito da República Democrática do Congo. Nos centros de acolhimento, o projeto oferece alimentação, moradia, educação, assistência médica e segurança para crianças órfãs, mães e gestantes das consequências de conflitos armados no país.
Sobre a Fraternidade sem Fronteiras – A FSF é uma Organização humanitária e Não-Governamental, com sede em Campo Grande – MS, fundada no dia 15 de novembro de 2009, tem atuação nacional e internacional, em oito países, sendo alguns deles nos lugares mais pobres do planeta, com esperança e profundo desejo de ajudar, acabar com a fome e construir um mundo de paz. A instituição possui 79 polos de trabalho, mantém centros de acolhimento, oferece alimentação, saúde, formação profissionalizante, educação, cultivo sustentável, construção de casas e ainda, abraça projetos de crianças com microcefalia e doença rara. Todos os trabalhos são mantidos por meio de doações e principalmente pelo apadrinhamento, uma doação mensal e contínua, com valor a partir de R$25 por mês. Mais informações podem ser obtidas pelo site http://www.fraternidadesemfronteiras.org.br