Janeiro Verde é o mês destinado à conscientização e à prevenção ao câncer do colo do útero, também chamado de câncer cervical. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), cerca de 17 mil mulheres, por ano, são afetadas por essa forma de tumor maligno, sendo a terceira mais comum no país, atrás apenas do câncer de mama e do colorretal. Nas regiões de menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), o câncer do colo do útero é o segundo mais incidente, depois do de mama.
A oncologia é a especialidade médica que realiza o tratamento de neoplasias. No entanto, antes que essa doença se instale, outros profissionais da medicina têm papel fundamental para se evitar a incidência de novos casos e para o diagnóstico precoce, os ginecologistas.
O dr. Caio Couto, coordenador da área de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Anchieta, pertencente à Kora Saúde, afirma que a mulher, incluindo-se as adolescentes, quando realizam consulta ginecológica, recebem orientações sobre formas de prevenção a esse tipo de câncer. “Orientamos sobre a importância da vacinação contra o Papilomavírus Humano (HPV), sobre a realização regular de exames de Papanicolau e também sobre comportamentos saudáveis, como o uso de preservativos em relações sexuais”, afirma o médico.
Segundo ele, ainda são enfatizados os hábitos saudáveis de vida, como não fazer uso de tabaco e a prática regular de atividades físicas, que são essenciais para a prevenção de muitas doenças, inclusive o câncer de colo de útero.
Em relação à detecção precoce da doença, o dr. Caio Couto destaca a fundamental importância da realização de exames como o Papanicolau, para identificar alterações nas células cervicais, que podem indicar a presença de câncer ou lesões precursoras. “Quando as lesões precursoras do câncer são diagnosticadas, podemos realizar tratamentos que evitam a evolução para o câncer”, explica o chefe da Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Anchieta.
Vacinação
Em geral, o câncer de colo de útero é resultante da infecção persistente pelo HPV, transmitido por relações sexuais. Esse vírus tem alta disseminação no mundo, com mais de 100 tipos, dos quais 14 são reconhecidos como cancerígenos. De acordo com o dr. Caio Couto, especialmente os subtipos 16 e 18 do HPV são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer cervical.
Apesar da incidência alarmante, esse tipo de câncer possui uma evolução lenta e, se descoberto nos seus primeiros estágios, possui alta chance de cura.
Na opinião do especialista do hospital Anchieta, para diminuir a contaminação pelo HPV, é essencial ampliar o acesso das mulheres à informação e aos cuidados médicos. “Por isso, as campanhas de vacinação são tão importantes”, destaca o médico.
No Brasil, a vacinação é feita desde 2014 em meninas entre 9 e 14 anos. A partir de 2017, a vacina foi ampliada também para meninos.
Atenção aos sintomas
- Sangramento vaginal irregular;
- dor abdominal;
- secreção vaginal anormal;
- menstruação prolongada; e
- sangramento após relações sexuais.
Previna-se
Para consultas com ginecologistas, o Hospital Anchieta, em Taguatinga, possui salas de exames exclusivas, com infraestrutura completa e equipe especializada. Para agendamento, ligue: (61) 3353-9000.
Previna-se contra o câncer de colo de útero. Mantenha seus exames ginecológicos em dia.
Responsável técnico: Dr. Deivson Fábio Viana Santana Mundim – CRM/DF 23625