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Goiás participa de debate sobre desafios da saúde no Norte, Nordeste e Centro-Oeste

O secretário de Estado da Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino, participou do webinar “Desafios da Saúde no Norte, Nordeste e Centro-Oeste do Brasil” nesta sexta-feira, dia 28. O evento teve o objetivo de conectar lideranças do setor para discutir temas que auxiliem na evolução do sistema de saúde brasil​eiro. O encontro online foi promovido pelo Fórum Inovação Saúde (FIS) e transmitido por meio do canal da instituição no Youtube.

Ismael Alexandrino avaliou que a pandemia revelou a necessidade de uma melhor compreensão do Sistema Único de Saúde (SUS). “É preciso entender o contexto da palavra ‘único’, que não é sinônimo de ‘público’, já que o serviço privado (contratado ou conveniado) e o filantrópico (sem finalidade econômica) também fazem parte do SUS”, explicou o titular da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO).

Além disso, ele destacou que é preciso olhar para os princípios da universalidade, da equidade e da integralidade: “Fazer saúde para 220 milhões de pessoas como um direito fundamental garantido na Constituição – atendendo a todos sem distinções, na sua integralidade – é o maior desafio que existe no nosso país”. O secretário de Saúde de Goiás também destacou a importância de integração de dados no SUS. “Um cadastro único baseado no CPF, com um prontuário integrando o público e o privado, precisa ser considerado pelo Ministério da Saúde”, frisou. 

Ainda sobre a pandemia, Ismael lembrou que, no Centro-Oeste, a Covid-19 mostrou os “grandes vazios” assistenciais da região, que chegavam a ser “vazios por completo”. Antes, em Goiás, praticamente a Região Metropolitana de Goiânia tinha leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI). “O Governo de Goiás abriu um quantitativo significativo (de hospitais) que já existiam, porém estavam fechados. A grande maioria dessas unidades vai ficar após pandemia, ou seja, é um legado, algo estruturante para o Estado”, disse.

O titular da SES-GO afirmou ainda que é um grande entusiasta do SUS, considerando o sistema um grande avanço e talvez a maior conquista social do país. Mesmo assim, ele enfatizou que a pandemia da Covid-19 veio para mostrar que ainda existem muitos desafios a serem superados pelo sistema de saúde brasileiro. “Chegou a hora do SUS dar um salto e um amadurecimento”, ressaltou. Ismael também citou a necessidade de se debater a normatização da telemedicina e como ela pode contribuir para a saúde após a pandemia. 

Para finalizar, ele deixou uma pergunta: “Se daqui um ou dois anos tivermos uma outra pandemia, com um outro agente etiológico, o que teremos aprendido com essa? O que ficará para a próxima para que não tenhamos todos os transtornos sociais, econômicos e mentais que essa trouxe?”, finalizou.

Participantes

A mediação do encontro foi realizada pelo médico Josier Vilar, presidente da Iniciativa FIS, e também contou com a participação do presidente da Federação Brasileira de Hospitais (FBH) e da Associação dos Hospitais do Estado de Goiás (AHEG), Adelvânio Francisco Morato; do secretário de Saúde de Manaus, Marcelo Magaldi; do presidente do Sindicato dos Hospitais de Pernambuco (Sindhospe), George Trigueiro; e do diretor Regional Bahia da Rede D’Or São Luiz, Rafael Vita.
 

Foto: Reprodução/Youtube