As raízes africanas no Brasil são representadas nos mais variados setores da vida nacional. Pesquisadores e autoridades públicas têm reconhecido que essas destacadas influências motivam, a cada dia, uma nova leva de reflexões e estudos. Nesse sentido, na próxima semana (dias 8 e 9 de setembro), o evento “Heranças Africanas no Brasil, que é aberto ao público, torna-se mais uma oportunidade de renovação do orgulho nacional em relação à identidade e africanidade de nosso dia a dia.
O evento é organizado em quatro painéis temáticos para debater as influências do continente africano no Brasil. Os temas debatidos incluem temas como religiosidade, música, cultura e intelectualidade, moderados e explicados pelos palestrantes.
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A abertura do evento será feita por José Pedro Máximo Chantrè, embaixador da República de Cabo Verde no Brasil, Luiz Eduardo de Aguiar Villarinho Pedroso, embaixador do Brasil na República Democrática Federal da Etiópia, Renata Rosa, do Instituto Maria Quitéria e Mônica Lopes, do Centro de Inovação e Estudos Sociais do CEUB.
(Foto: Divulgação)
A ideia do evento surgiu a partir de discussões de representantes do Centro de Inovações e Estudos Sociais do Ceub e do Instituto Maria Quitéria . “Temos ancestralidade africana. São muitas as contribuições dos povos da África à nossa formação identitária. Quanto mais conhecermos sobre isso, mais iremos valorizar”, explica a pesquisadora Mônica Lopes, do Ceub.
A herança Brasileira
Os painéis contarão com palestras relacionadas ao tema principal do painel. Em religiosidade, as palestras são a presença da arte, principalmente, da música das nações da África em todo planeta, o Candomblé, seus valores, vivências e resistência e herança africana e intolerância religiosa no Brasil.
O número de denúncias de casos relacionados à intolerância religiosa para a Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos (ONDH) aumentaram 41,2% no primeiro semestre de 2020 em relação ao mesmo período de 2019. As religiões de matriz africana são as que mais sofrem com a perseguição religiosa no Brasil, apontam dados.
No painel de música, nomeado de Pixinguinha, será debatido sobre a matriz africana e a formulação da identidade da música brasileira e as influências africanas na Música Popular Brasileira. O nome do painel é em homenagem ao músico Pixinguinha, considerado um dos maiores compositores da música popular brasileira e foi fundamental para estabelecer o choro como estilo musical no Brasil.
Sobre cultura, um pouco de história também se faz presente. Neste painel, é falado sobre as festas dos Quilombos, decolonialidade, cultura e ancestralidade. Por fim, no de intelectualidade fala-se sobre a advocacia libertária, cultura e africanidade no Brasil e a vida e obra dos Irmãos Rebouças.
Por Mayariane Castro
Supervisão de Luiz Claudio Ferreira