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Hospital de Campanha já deu alta a 400 pacientes

Em pouco mais de um mês em operação, 400 pacientes foram internados e receberam alta do Hospital de Campanha do Estádio Nacional Mané Garrincha após vencer a Covid-19. A estrutura hospitalar, que conta com 197 leitos, foi montada emergencialmente no estádio e começou a funcionar no dia 22 de maio.

A cada dia, novas histórias e vitórias são contadas no Mané. Nesta sexta-feira (3), nove pacientes deixaram a unidade e voltaram para seus respectivos lares. Eles estão entre os 43.322 recuperados da doença no Distrito Federal e puderam matar a saudade da família após passarem alguns dias sob os cuidados da equipe multidisciplinar.

Com lágrimas nos olhos, Joseimar do Nascimento, 66 anos, deixou o hospital agradecido por ter vencido o novo coronavírus e também a dengue. “Se cuidem sempre! Porque eu estava me cuidando e não sei o que aconteceu. Se cuidar é o mais importante, dinheiro a gente ganha depois”, recomenda. Emocionado, ele ainda declarou: “Estou ‘doido’ para voltar para casa e ficar com a minha família”.

Quem também deixou as instalações do hospital provisório foi Edivaldo Araújo, 34 anos. “Foi uma luta vencida a cada dia. É uma doença que ninguém sabe ainda a cura. Estou feliz em estar curado e ir para casa”, afirmou.

Televisitas

Para quem ainda não está curado e precisa permanecer por mais algum tempo internado, o Hospital de Campanha disponibiliza a televisita, meio que utiliza videochamadas para humanizar o atendimento e reduzir a saudade de quem não pode estar por perto.

Dois contêineres foram instalados no estacionamento da unidade, onde familiares e amigos dos pacientes podem agendar uma televisita. O trabalho é supervisionado pela equipe de assistência social e o agendamento pode ser feito pela internet.

Para Renata Vitoriano, coordenadora multidisciplinar do hospital, o fato de a unidade ser um hospital de portas fechadas, onde o paciente entra e deixa de ter contato com o lado externo até ter alta, exige um cuidado especial. “A maior importância é manter o elo familiar do paciente. Com as televisitas, nós conseguimos aproximar o paciente do seu familiar e a gente sabe que isso traz inúmeros benefícios, tanto na recuperação como na informação à família”, afirma.

*Com informações da Secretaria de Saúde

AGÊNCIA BRASÍLIA* | EDIÇÃO: FREDDY CHARLSON