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Luto no DF – Despedida de amigos e familiares relembram trajetória de Gilberto Amaral , na missa de 7º dia, hoje em Brasília – DF.

Aos poucos Brasília vai perdendo para a eternidade grandes nomes de pioneiros que fazem parte da história da cidade. Nomes que foram protagonistas da trajetória da capital de todos os brasileiros materializada pelo seu fundador, o ex-presidente Juscelino Kubitschek. Na semana que passou, de maneira repentina, mais um importante nome se foi. Desta vez o do jornalista pioneiro e grande mestre do jornalismo social do DF, Gilberto Amaral.
Mineiro de São Sebastião do Paraíso e amigo pessoal de Juscelino Kubitschek — o ex-presidente foi padrinho do casamento de Gilberto e Mara . Desde cedo a paixão por atuar na comunicação sempre fez parte da vida de Gilberto Amaral, que trilhou o seu caminho construindo uma carreira sólida no rádio, na televisão e na mídia impressa. Gigi, como era chamado pelos amigos mais íntimos, chegou a Brasília poucos dias antes da inauguração, recém-casado com Mara Amaral, a convite de JK, que foi seu padrinho de casamento, com uma missão.
 
Gilberto Amaral, que celebraria 88 anos , ontem (domingo (17/7), morreu na terça-feira (12/7), no hospital DF Star, onde estava internado havia um mês, após sofrer uma queda em casa. Ele deixa a companheira, Mara Amaral; a filha Bernadette; os filhos Rodrigo e Marcelo; seis netos e uma bisneta.

Legado

Entre 3 de novembro de 1975 e 5 de agosto de 2001, o cronista assinou coluna diária no Correio Braziliense. Ele integrou a equipe de TV Brasília, também do grupo Diários Associados, e atuou em outros veículos da capital federal, como o Jornal de Brasília. Enquanto jornalista, Gilberto esteve próximo de políticos de diferentes partidos, inclusive de presidentes da República como José Sarney. 

Ex-senador e ex-ministro das Comunicações, José Pimenta da Veiga, depois de demonstrar muita tristeza pela perda do amigo “de longa data”, contou que conheceu Gilberto Amaral em Belo Horizonte, ainda na juventude, durante um bingo na casa do deputado Bias Fortes. “Nós nos tornamos amigos naquela noite, e a amizade se fortaleceu quando vim morar em Brasília”, relatou.

Ex-governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda prestou homenagens ao colunista no Campo da Esperança e destacou o pioneirismo de Gilberto Amaral na carreira. “Ele não apenas fez parte da história de Brasília como ajudou a contá-la, no exercício do jornalismo. Era uma homem extremamente simpático, bom orador e conhecia como ninguém as pessoas e a convivência em sociedade”, elogiou o político.

O último mês de maio, quando recebeu em sua casa no Lago Sul das mãos do vice-governador Paco Britto, uma importante medalha em comemoração aos 60 anos de Brasília, foi a última vez que Gilberto participou de um encontro, mesmo que intimista. Época onde também falei com ele pela última vez através de um telefonema. Aceitei o convite para almoçar em sua casa em uma data a ser definida para colocarmos todas as novidades em dia.

A proeminência de Gilberto nos bastidores de Brasília se constatava pela proximidade do jornalista com a maioria dos presidentes da República, desde ditadores militares até civis, além de JK, Fernando Collor de Mello e José Sarney. “Personalidade singular, inteligência rara e grande figura humana. Perco um amigo estreito, um companheiro leal, correto e de virtudes morais e intelectuais invejáveis. Seu desaparecimento é uma grande perda para a sociedade de Brasília”, lamentou Sarney.

Na noite de hoje, a partir das 18h30, na Paróquia São Pedro de Alcântara, no Lago Sul, os amigos e familiares do saudoso Gilberto Amaral se reúnem para a missa de sétimo dia em sua memória. Ocasião em que a viúva e grande companheira de todas as horas Mara Amaral, os filhos Rodrigo, Bernadette e Marcelo, os netos e o bisneto poderão receber um abraço de conforto. Todos juntos a rezar pelo descanso eterno do querido comunicador.