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Mais da metade da população brasileira apresenta déficit na alimentação

Segundo a última Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF 2017-2018), divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), dos 68,9 milhões de domicílios no Brasil, 36,7% – o equivalente a 25,3 milhões de lares – estavam com algum grau de insegurança alimentar. Desse total, 24% dos lares apresentam grau leve, 8,1% moderado e 4,6% grave.

 

A pesquisa demonstra que uma boa parcela da população brasileira tem déficit qualitativos e quantitativos em sua alimentação, que podem trazer graves impactos em indicativos de saúde e bem-estar. É aí que entra o papel do nutricionista, cujo objetivo é minimizar o impacto desse déficit na população e auxiliar no diagnóstico e tratamento das possíveis patologias.

 

“Uma boa alimentação é aquela que fornece, de maneira equilibrada, os macronutrientes, as proteínas, carboidratos, lipídios e micronutrientes (vitaminas e minerais), que mantém a saúde em dia. O consumo de frutas e verduras também ajuda muito na ingestão dessas vitaminas”, relata a nutricionista Silmária Soeiro, professora de Pós-Graduação da Unyleya.

 

Dados da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan) confirmaram que do total de 213,3 milhões de brasileiros, 116,8 milhões vivem algum grau de Insegurança Alimentar, dos quais 43,4 milhões não possuem comida suficiente em casa e 19 milhões enfrentaram a fome.

 

Silmária explica que o problema da fome também está associado a segurança alimentar – qualidade e higiene dos alimentos, de forma resumida –, além do desemprego e altos impostos nos produtos de consumo, como é o caso dos alimentos. Portanto, pessoas com poder aquisitivo menor vão optar por alimentos e bebidas com valores mais acessíveis e que geralmente são ricos em carboidratos, conhecidos também como “calorias vazias”. Nesses casos, a educação nutricional ajudaria muito a população.

 

A nutricionista afirma que só é possível diagnosticar um paciente anêmico ou subnutrido através de exames físicos e laboratoriais. Segundo ela, as doenças mais comuns são:

  • Marasmo: acomete crianças menores de um ano e está associada a amamentação inadequada e utilização incorreta de fórmulas infantis. A criança geralmente se apresenta magra com gordura subcutânea ausente, membros delgados devido à atrofia muscular e subcutânea, cabelos secos e finos, crescimento reduzido e infecções constantes.
  • Kwashiorkor: categoria de desnutrição que acomete crianças menores de dois ou três anos cuja alimentação é interrompida precocemente, ou é substituída por uma alimentação baseada em mingaus (ricos em carboidratos e pobres em proteínas), resultando em hipoalbuminemia, edemas, alterações da pele dos membros inferiores e nos cabelos, além de apresentar debilidade muscular. Taquicardia, hipoglicemia, infecções graves e distúrbios hidroeletrolíticos são comuns.
  • Anemia: pode ser a ferropriva, a mais comum (deficiência de ferro), perniciosa, megaloblástica, entre outras. O tratamento começa com o diagnóstico correto da patologia, depois o foco deve ser ajuste do peso corporal e na educação nutricional, corrigindo as carências. Para isso, pode-se utilizar alguns suplementos por via oral ou endovenosa.

 

Em tempos de Covid-19, no entanto, os desafios são maiores. O sucesso da garantia do direito humano à alimentação adequada, alcançado até 2013, foi progressivamente revertido a partir de 2014, e ganhou impulso negativo maior com o início da pandemia.

 

Segundo a profissional, quando falamos de uma dieta equilibrada pós-infecção pela Covid-19, cada paciente tem necessidades específicas para ingestão de calorias e demais nutrientes, dependendo também da idade, presença de outras doenças, necessidades apontadas por exames laboratoriais, prática de atividade física, entre outros fatores.

 

“A alimentação pós-alta deve ser consumida em horários regulares para garantir a ingestão adequada de nutrientes essenciais para a recuperação. Estes nutrientes ajudam no fortalecimento do sistema imunológico, no combate às infecções oportunistas e também na recuperação do estado nutricional, tão necessário para o restabelecimento da força e disposição”, conta.

 

Entenda como está o mercado de trabalho para os profissionais da área de nutrição

 

O mercado de trabalho para esses profissionais está em plena expansão e hoje as pessoas priorizam muito a qualidade de vida, o que está intimamente ligado à alimentação e exercícios físicos. Além disso, a área da estética tem se destacado bastante e o nutricionista tem um papel importante na orientação de dietas e suplementação.

 

“A nutrição tem várias áreas de atuação. A Unyleya conta com mais de 50 cursos de especialização nas diversas áreas de atuação. Eles estão distribuídos nas áreas clínica, esportiva, docência, área de alimentos, saúde pública, materno infantil, hospitalar e gastronomia”, comenta Silmária.

 

O profissional da área de nutrição pode atuar em hospitais, clínicas, realizar home care, em empresas de alimentos, clubes de esportes, Unidades Básicas de Saúde, universidades e consultório particular.

 

O salário está ligado diretamente à qualificação desse profissional e sua área de atuação. Restaurantes em média costumam absorver esses profissionais e sua média salarial pode girar em torno de R$ 3 mil. Em áreas como docência e abertura de consultório particular esse profissional pode ter um salário a partir de R$ 5 mil, lembrando que a faixa salarial poderá variar de acordo a região de atuação do profissional.

 

Conheça os cursos de pós-graduação EAD na área de nutrição da Unyleya: Pós Graduação em Nutrição

Nutrição está entre as áreas da saúde que estão em alta, confira: Especialização em Áreas da Saúde

 

Sobre Silmária Soeiro

Silmária Costa Santos Soeiro é conselheira titular do Conselho Estadual dos Direitos do Idoso-CEDI/CE, responsável técnica da ILPI Casa São Vicente de Paulo, professora de Pós-graduação da Unyleya e Bacharel em Nutrição pela Universidade Estadual do Ceará. Também é doutoranda em Biotecnologia pela RENORBIO, Pós-graduada em Biotecnologia Aplicada à área da saúde pela Universidade Estadual do Ceará e Pós-graduada em Gerontologia e Saúde do Idoso pela Unyleya.

 

Sobre a Unyleya

Fundada em 2006, a Unyleya é uma das primeiras Instituições de Ensino 100% EAD no Brasil. Com mais de 15 anos de uma história pautada por inovação em tecnologia educacional, a instituição conta atualmente com mais de 300 mil estudantes – o que a torna a maior do país em número de alunos, 26 cursos de Graduação e mais de 1.800 de Pós-Graduação em 50 diferentes áreas do conhecimento.

Silmária Soeiro – Professora de Pós-graduação da Unyleya

A Unyleya tem mais de três mil colaboradores e unidades físicas em todo o país, com destaque para a sede acadêmica no Rio de Janeiro e a administrativa em Brasília. Mesmo com as unidades físicas, a Instituição de Ensino consolida seu modelo na Educação 100% Digital. Com metodologia de ensino focada nas necessidades de aprendizagem do aluno e nas principais tendências do mercado de trabalho, a Unyleya quer revolucionar a Educação a Distância no Brasil.

 

Para mais informações, acesse unyleya.edu.br