Rogério Marinho destaca parcerias e pioneirismo de Goiás e de Mato Grosso. No Dia Mundial da Água, em solenidade no Palácio do Planalto, governador, ao lado da secretária Andréa Vulcanis, é informado pelo presidente Jair Bolsonaro e ministros que seis projetos serão desenvolvidos na bacia do Rio Tocantins-Araguaia. Recursos são da iniciativa privada
O governador Ronaldo Caiado teve atuação destacada pelo ministro do Desenvolvimento Regional (MDR), Rogério Marinho, durante cerimônia de anúncio de investimentos para o Programa Águas Brasileiras, realizada no Palácio do Planalto, em Brasília, nesta segunda-feira (22/03). “Quero agradecer a parceria dos governadores Ronaldo Caiado e Mauro Mendes, do Mato Grosso”, afirmou ele, ao lembrar que os dois gestores levaram a pauta de preservação ambiental ao presidente da República, Jair Bolsonaro, ainda em 2019, quando foi lançado o Programa Juntos pelo Araguaia, em Aragarças.
“O Araguaia sempre pulsou forte em mim. Vamos mostrar ao mundo que nós, além de produzirmos bem, temos a maior reserva de água doce do planeta. Goiás e Mato Grosso saem na frente na preservação da mata, do Cerrado, dos nossos rios e matas ciliares”, avaliou Caiado em dezembro do ano passado, quando o Juntos pelo Araguaia entrou em sua fase executiva, com investimentos iniciais do setor privado de R$ 7 milhões.
Nesta segunda-feira, que marca o Dia Mundial da Água, o governador ouviu do presidente e dos ministros ligados ao programa federal que seis projetos serão desenvolvidos na Bacia do Rio Tocantins-Araguaia. Os recursos são de parceiros da iniciativa privada. Caiado estava acompanhado na solenidade pela titular da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), Andréa Vulcanis.
“O Juntos pelo Araguaia é o maior programa de revitalização de bacias existente hoje no Brasil e no mundo”, assinalou Vulcanis. Ela explicou que, em Goiás, o projeto envolve quase 8 mil propriedades rurais no trabalho de recuperação das nascentes, das áreas de preservação permanente, e das pastagens, permitindo o terraceamento, “as barraginhas”, que seguram, assim, todo o solo nas propriedades rurais, com recuperação das áreas de recarga hídrica.
“Permite que o nosso Araguaia seja preservado, seja porque ele está sendo consumido pelos sedimentos, pela terra que vai escoando rio abaixo, seja porque nas propriedades rurais, segurando água, nós vamos permitir aos proprietários, em médio e longo prazo, que produzam com mais quantidade e produtividade”, detalhou a secretária.
Durante o evento, o presidente Bolsonaro falou sobre a importância do equilíbrio entre os setores agropecuário e ambiental. “Não existe segurança alimentar sem recursos hídricos. Não basta querer criar ou plantar, é preciso haver recursos para tal e é preciso preservá-lo”, afirmou. O titular do MDR, que coordena o programa interministerial, enfatizou que “sem água, nenhum país prospera, nenhuma civilização se estabelece, nenhum povo tem autonomia”.
Rogério Marinho ainda destacou que o Brasil tem 12% das reservas de água doce do mundo. “Somos privilegiados, porém essas águas são mal divididas e, ao mesmo tempo, tratamos mal a água que temos”, pontuou. “Temos mais de 100 mil km de rios poluídos no Brasil; temos quase 3 mil lixões que permeiam o nosso lençol freático com chorume”, exemplificou o ministro, ao apresentar os desafios que ainda precisam ser superados.
Sustentabilidade
Até o momento, 26 propostas, de 48 inscritas em edital, foram selecionadas pelo Programa Águas Brasileiras. Elas contemplam mais de 250 municípios de 10 estados e visam o uso sustentável dos recursos naturais e a melhoria da disponibilidade de água em quantidade e qualidade para os usos múltiplos. Foram escolhidos 16 projetos para a Bacia do Rio São Francisco, dois para a do Rio Parnaíba, dois para a do Rio Taquari, e seis para a do Rio Tocantins-Araguaia.
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, ressaltou que o programa, transversal por diversos ministérios, demonstra a sinergia de órgãos do governo federal. Paralelo à política de gestão de resíduos urbana, por meio do Marco Legal do Saneamento, a proposta configura mais um avanço na política ambiental brasileira, com “todo um esforço de projetos, verbas, ações com os Estados a resolver essa questão do abastecimento hídrico no Brasil”, salientou.
Já a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, frisou que, com o anúncio de investimentos para os projetos selecionados, o governo galga seus primeiros resultados. “O Programa Águas Brasileiras demonstra a importância atribuída pelo governo do presidente Jair Bolsonaro à preservação do meio ambiente como forma de dar à nossa população as grandes condições de buscar o desenvolvimento socioeconômico. Demonstra ainda a nossa confiança no papel do setor privado como parceiro do desenvolvimento sustentável do Brasil”, sublinhou Teresa Cristina.
Na solenidade, que contou ainda com as presenças dos ministros da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes; e da Controladoria-Geral da União, Wagner do Rosário, 10 empresas formalizaram a adesão ao projeto: Anglo American, Rumo Logística, Ambev, MRV Engenharia, Stone, Vale S.A, Engie Brasil, Bradesco, Caixa e JBS.
Pioneirismo em Goiás
O Programa Águas Brasileiras foi lançado em dezembro do ano passado em Goiás, no município de Piranhas, no Oeste goiano. Na ocasião, Caiado recebeu o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, e o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, para darem início à etapa executiva do “Juntos pelo Araguaia”, projeto do Governo de Goiás, idealizado por Caiado ainda em 2018, com o objetivo de recuperar 10 mil hectares de vegetação – 5 mil pelo lado goiano do rio, com o envolvimento de 16 municípios, e 5 mil pelo matogrossense, com 12 municípios.
O Águas Brasileiras visa ainda ampliar a quantidade e a qualidade de água disponível para consumo da população e para o setor produtivo, de forma a assegurar o desenvolvimento regional. Além dos cinco ministérios, o programa é executado com a participação de Estados e municípios.
Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás