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Monitor de Secas registra intensificação do fenômeno em MT e MS, abrandamento em GO e estabilidade no DF

A última atualização do Monitor de Secas aponta que no Centro-Oeste houve, em outubro, a intensificação da seca em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Goiás teve um abrandamento do fenômeno, enquanto o Distrito Federal se manteve com seca fraca. Nas quatro unidades da Federação da região as áreas com o fenômeno permaneceram estáveis em relação a setembro.

Assim como em setembro, o Distrito Federal se manteve com 100% de seu território com seca fraca – condição menos severa entre as 21 unidades da Federação acompanhadas pelo Monitor. Portanto, o DF não teve variação de área e de severidade do fenômeno no período. Desde a entrada do Distrito Federal no Mapa do Monitor, em julho de 2020, esta é a primeira vez que a unidade da Federação registra 100% de seu território com seca em dois meses consecutivos.

Em Goiás, entre setembro e outubro, a área com seca extrema recuou no sul do estado, passando de 29% para 25% do território. Esta é a segunda maior área com seca extrema de Goiás e a segunda maior severidade em seu histórico no Mapa do Monitor, iniciado em junho de 2020, sendo superada pela situação de setembro. Em termos de área total com seca, Goiás teve cerca de 340 mil km² nessa situação, ficando atrás apenas de Mato Grosso, Minas Gerais, Bahia e Mato Grosso do Sul. Goiás segue com o fenômeno presente em 100% de seu território desde setembro.

Mato Grosso registrou o avanço da área com seca moderada no oeste do estado, passando de 25% para 28% do território em outubro – condição mais severa do fenômeno desde a entrada de MT no Mapa do Monitor em junho deste ano, considerando os 6% de seca extrema e os 9% de seca grave também observado em outubro. No sentido oposto, a seca moderada recuou no nordeste mato-grossense. Assim como em setembro, Mato Grosso se manteve com 83% de sua área com seca e 17% livres do fenômeno, sendo a única unidade da Federação do Centro-Oeste com áreas sem registro de seca. Mato Grosso teve cerca de 749 mil km² com a presença do fenômeno, a maior área em outubro entre as 21 unidades da Federação acompanhadas pelo Monitor.

No caso de Mato Grosso do Sul, entre setembro e outubro, 100% do território do estado registrou seca, condição verificada há 16 meses consecutivos, desde a entrada do território sul-mato-grossense no Mapa do Monitor em julho de 2020. Em outubro a área com seca excepcional – a mais severa na escala do Monitor – se manteve em 4% do estado no sudeste de Mato Grosso do Sul. Além disso, a seca grave subiu de 53% para 54% do território com o avanço do fenômeno no oeste sul-mato-grossense. Tal situação é a mais severa desde a entrada do estado no Mapa do Monitor e a mais severa do Centro-Oeste em outubro. Em termos de área total com seca, Mato Grosso do Sul teve cerca de 357 mil km² nessa situação, ficando atrás apenas de Mato Grosso, Minas Gerais e Bahia.

Considerando as quatro regiões acompanhadas pelo Monitor de Secas, o Centro-Oeste e o Sudeste registraram as condições mais severas em outubro com respectivamente 1% e 8% de áreas com seca excepcional – a mais severa na escala do Monitor. O Nordeste teve a menor severidade do fenômeno em outubro, já que foi a única região a não ter registrado seca extrema ou seca excepcional. O Sul foi a segunda região com menor severidade no período, sendo que a seca extrema foi identificada em 2% de seu território.

Em outubro deste ano, em comparação a setembro, em termos de severidade da seca, 11 estados tiveram um abrandamento do fenômeno em outubro: Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins. Entre setembro e outubro, todas as 21 unidades da Federação acompanhadas pelo Monitor de Secas registraram o fenômeno simultaneamente.

No sentido oposto, sete estados tiveram uma intensificação da seca no período: Alagoas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe. Em outras três unidades da Federação, a severidade do fenômeno se manteve estável: Ceará, Distrito Federal e Maranhão. Considerando as quatro regiões integralmente acompanhadas pelo Monitor de Secas, a maior severidade observada em outubro aconteceu no Sudeste, que registrou 8% de seca excepcional – a mais severa da escala do Monitor. Já o Nordeste teve a menor severidade de outubro e foi a única região a não ter registro de seca extrema ou seca excepcional.

Entre setembro e outubro, somente Alagoas registrou expansão da área com seca. Por outro lado, a área com o fenômeno diminuiu em outros cinco estados: Espírito Santo, Minas Gerais, Piauí, Rio de Janeiro e Santa Catarina. Nas demais 15 unidades da Federação acompanhadas pelo Monitor, não houve variação do território com seca: Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo, Sergipe e Tocantins. Considerando o recorte por região, o Sudeste e o Sul tiveram uma redução da área com seca de 99% para 96%. Já no Centro-Oeste e Nordeste o território com o fenômeno se manteve estável respectivamente nos patamares de 93% e 89%.

Em 11 unidades da Federação, 100% de seus territórios registraram seca em outubro: Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo, Sergipe e Tocantins. Os demais dez estados acompanhados pelo Monitor apresentam entre 53,9% e 98,7% de suas áreas com o fenômeno, sendo que para percentuais acima de 99% considera-se a totalidade dos territórios com seca.

As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTESUDESTENORDESTESUL e NORTE.

Com base no território de cada unidade da Federação acompanhada, Mato Grosso lidera a área total com seca, seguida por Minas Gerais, Bahia, Mato Grosso do Sul e Goiás.

As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTESUDESTENORDESTESUL e NORTE.

O Monitor realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo. Essa ferramenta vem sendo utilizada para auxiliar a execução de políticas públicas de combate à seca e pode ser acessada tanto pelo site monitordesecas.ana.gov.br quanto pelo aplicativo Monitor de Secas, disponível gratuitamente para dispositivos móveis com os sistemas Android e iOS.

Com uma presença cada vez mais nacional, o Monitor abrange as cinco regiões do Brasil, o que inclui os nove estados do Nordeste, os três do Sul, os quatro do Sudeste, os três do Centro-Oeste com o Distrito Federal, além de Tocantins. O processo de expansão continuará até alcançar todas as 27 unidades da Federação.

O Monitor de Secas é coordenado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), com o apoio da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME), e desenvolvido conjuntamente com diversas instituições estaduais e federais ligadas às áreas de clima e recursos hídricos, que atuam na autoria e validação dos mapas. As instituições que atuam no Monitor de Secas em suas respectivas unidades da Federação são as seguintes:

  • DISTRITO FEDERAL: Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (ADASA);
  • GOIÁS: Secretaria do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD);
  • MATO GROSSO: Superintendência de Proteção e Defesa Civil de Mato Grosso (SUPDEC) e a Secretaria de Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso (SEMA);
  • MATO GROSSO DO SUL: Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (SEMAGRO) e o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (IMASUL).

A metodologia do Monitor de Secas, em operação desde 2014, foi baseada no modelo de acompanhamento de secas dos Estados Unidos e do México. O cronograma de atividades inclui as fases de coleta de dados, cálculo dos indicadores de seca, traçado dos rascunhos do Mapa pela equipe de autoria, validação dos estados envolvidos e divulgação da versão final do Mapa do Monitor, que indica a ausência do fenômeno  ou uma seca relativa, significando que as categorias de seca em uma determinada área são estabelecidas em relação ao próprio histórico da região.

Assessoria Especial de Comunicação Social (ASCOM)

Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA)