Uma economia de quase R$ 10 milhões por mês e um aumento de 28% no número dos atendimentos. Esses são resultados que o governador Ronaldo Caiado calcula alcançar com a troca ou manutenção das organizações sociais (OSs) responsáveis pela gestão de unidades de referência, como o Hospital de Urgências de Goiânia. O assunto foi abordado na manhã desta terça-feira (1/10), durante entrevista ao vivo, no programa “Falando Sério”, da rádio Interativa FM.
“Vejam bem o que faziam com o dinheiro público. Só com as novas licitações que estamos fazendo, o Estado vai economizar quase R$ 10 milhões por mês e vou aumentar o atendimento em 28%. Se hoje tenho um dinheiro para investir nas policlínicas no interior do Estado, na sua construção e compra de aparelhagem, é exatamente com esse dinheiro que estou economizando, proveniente de valores absurdos pagos pelo Governo de Goiás, com resultados longe daquilo que os hospitais poderiam fornecer”, explicou o governador.
Segundo Caiado, a transição será exatamente como a lei determina, respeitando todas as etapas cabíveis. “Haverá total transparência no uso do dinheiro público. Mas, o que precisamos é economizar. Não posso manter estruturas que não correspondiam às necessidades do Estado”, declarou.
Atualmente, há uma fila com mais de 50 mil pacientes à espera de cirurgias eletivas. Esse número tem diminuído e a meta do governo é acabar com essa fila. Para isso, o governador está investindo na regionalização da Saúde. “Estamos diminuindo porque estamos ampliando o atendimento para outras regiões do Estado de Goiás. Abri em Catalão, Jataí, cidade de Goiás e Anápolis. Essa estrutura toda está sendo modernizada. Ontem, abri mais R$ 2 milhões para a Santa Casa de Goiânia”, exemplificou Caiado, citando o convênio firmado entre o Governo de Goiás e a unidade de saúde, que passará a atender mais casos de média e alta complexidade nas especialidades vascular, cardiovascular e de urologia. “Tenho compromisso com 7 milhões de goianos. Podem ter certeza que todos os hospitais de Goiânia vão funcionar com mais eficiência e melhores resultados para os pacientes necessitados”, assegurou.
O governador enumerou outra série de providências para melhorar a Saúde pública em Goiás. “Hoje são 55 novos leitos de UTI. Não se ouve mais falar da crise do Materno Infantil, que foi resolvida por nós”, citou, destacando ainda a reestruturação de hospitais que estavam totalmente desativados, como a Santa Casa de Catalão e de Anápolis, o Hospital Padre Tiago, em Jataí; o Hospital São Pedro de Alcântara, na cidade de Goiás; além da inauguração das primeiras policlínicas no Nordeste goiano.
“Não vamos viver naquele quadro ilusório de governo de outdoor. Tenho convicção, como médico que sou, que estamos trabalhando seriamente e já avançamos muito”, comentou o governador destacando que ainda há muito a ser feito.
Crise hídrica
Outra questão em discussão foram os planos de governo, em longo prazo, para se combater a escassez hídrica em períodos de seca. Caiado pontuou que, a despeito da excepcionalidade da estiagem na capital este ano – 130 dias sem chuva – teve uma postura proativa diante do problema.
“Logo em abril, quando recebi as primeiras previsões da meteorologia de uma seca prolongada, já decretei o estado de alerta. Adotamos uma série de medidas para conscientizar o cidadão”, lembrou Caiado, mencionando o projeto “Banja & Sato”, da Saneago, e o trabalho feito junto a produtores rurais, que também atenderam o chamado do governo para doar parte de seus reservatórios.
“Conseguimos não só salvar os produtores rurais, bem como a população de Goiânia, que não ficou um dia sequer sem água. Resultado de um governo que não se acomoda em ficar dentro do ar refrigerado. Gestão é isso: ter coragem para enfrentar os problemas”, afirmou Caiado.
Para o ano que vem, o governador assegurou que sua gestão terá condições de ampliar projetos que visem não apenas evitar o stress hídrico, mas garantir a preservação das nascentes e do meio ambiente como um todo, a exemplo do programa “Juntos pelo Araguaia”.
“Essas foram situações emergenciais. É claro que temos que avançar nos investimentos. Temos que fazer a ligação do Meia Ponte com outras redes que fornecem água para Aparecida de Goiânia e região noroeste de Goiânia, além da captação em outras bacias. Assim como no Araguaia, teremos no Meia Ponte o mesmo cuidado para o uso correto da água”, salientou o governador. “Temos que ter gestão, modular o passo a cada momento. Um bom gestor supera crises com sua capacidade criativa. Todos apostavam que, no meu primeiro ano de governo, haveria escassez de água. Graças a Deus, isso não aconteceu”, ressaltou.
Em sua segunda participação na Rádio Interativa este ano, Caiado também abordou questões como o pagamento do piso salarial para os professores. “A reivindicação é muito justa. Na primeira chance que tiver para fazer reajustes, a Educação certamente será atendida”, afirmou.
O governador também destacou sua articulação junto ao Supremo Tribunal Federal, para negociar os desdobramentos da decisão da corte de que as Emendas Constitucionais 54 e 55, aprovadas em 2017, pela Assembleia Legislativa, são inconstitucionais. As emendas retiraram da contabilidade de gastos com pessoal, para fins de cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), os custos com pensionistas e com o imposto de renda retido na fonte de servidores públicos.
O programa Falando Sério teve apresentação de José Luiz e participações de Augusto Diniz, Bruno Rocha Lima e Luciane Martins. A secretária de Comunicação, Valéria Torres, acompanhou o governador durante a entrevista.
Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás