Professor Moacir
Tem um texto jornalístico muito utilizado no meio escolar em que o autor retrata a realidade de um padeiro e a compara com a de um profissional de imprensa, na linha de que enquanto a população dormia esses profissionais trabalhavam. E ainda, da mesma forma que o pão não poderia ser dormido, a notícia também não poderia ser velha. O pão não poderia ser vendido murcho e nem tampouco a notícia ser entregue aos leitores muito tempo depois dos fatos acontecidos.
O autor falava de notícia impressa em uma folha diária e não de notícias on line que agora tem se tornado objeto de consumo de leitores vorazes por atualização por meio de novas tecnologias de informações instantâneas.
Nem o padeiro e nem o jornalista podem esperar para entregar seus produtos aos consumidores, sob pena desses já não terem por eles mais nenhum interesse. O pão tem que ser fresco e a notícia tem que ser nova.
Da mesma forma que o pão e a notícia não podem demorar, a educação também não. Ou melhor, a educação menos ainda. Não se pode esperar o tempo passar, na expectativa que as coisas melhorem para que seja promovida a educação das crianças. Não espere.
Se porventura o pão for dormido, ainda assim restará para o consumidor a oportunidade de decidir pela sua aquisição ou não. Da mesma maneira, se a notícia jornalística não for lida instantaneamente, poderá ser conhecida depois e trará a mesma informação. Mas a educação… essa não pode esperar.
Cada oportunidade perdida para educar-se um ser humano… é uma oportunidade que não volta nunca mais.
É atribuída ao filósofo grego da antiguidade clássica, Aristóteles, a informação que o Estado não educa da mesma forma que pai e mãe.
A compreensão dessa declaração é fácil. A família tem todo interesse no sucesso de um seus membros, porque, de certa forma, quando um filho, um irmão, um primo, etc…, melhora de vida, toda a família melhora com ele. No mínimo, ele será uma referência positiva para os parentes que certamente terão o seguinte alento: se fulano ou sicrano conseguiu, nós também conseguiremos. Ele será causa de motivação para os outros familiares.
E ainda, se confirmará a máxima de São Tomás de Aquino: “Se este e aquele, por que não eu?” Com outras palavras, seria mais ou menos o seguinte: – se este conseguiu, aquele conseguiu, por que eu não haveria de conseguir? Resposta: Conseguirei.
A contribuição para a formação educacional das pessoas é algo permanente: está no presente, no passado e no futuro. Todos sabemos que na língua portuguesa das 10 (dez) classes de palavras que ela se estrutura, a referente à ação no tempo é o verbo, cujo conceito diz respeito à palavra que exprime ação, estado ou fenômeno da natureza.
Na expressão “NÃO ESPERE!”, o verbo aí encontra-se na segunda pessoa do singular do modo imperativo negativo, do verbo ESPERAR (infinito, da primeira conjugação), ou seja, refere-se a TU ou VOCÊ!
Assim, quando se tratar de educação de filhos, parentes, amigos,… não se pode esperar pelos outros, inclusive e principalmente pelo Estado, que já tem tantos outros problemas para administrar (saúde, segurança pública, violência, greves, falta de combustíveis, falta de alimentos, combate às drogas e à corrupção, etc…). Nessa matéria, não espere por nada e nem por ninguém. Faça apenas a sua parte, preocupe-se com a educação dos seus. E já terá feito muito. Você terá contribuído para a construção de uma sociedade melhor, mais educada. E se cada um fizer a sua parte…
Portanto, não espere!