O candidato do PSB ao governo do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, afirmou nesta segunda-feira (10), em entrevista ao DF1, que, caso vença a reeleição, vai construir um hospital em Ceilândia para atender a casos de média e grande complexidade.
Rollemberg é candidato à reeleição. Além de governador, ele foi deputado distrital, senador e secretário de Inclusão Nacional no Ministério da Ciência e Tecnologia.
O candidato do PSB foi o primeiro a participar da série de entrevistasdo DF1 com os participantes da disputa eleitoral ao governo do Distrito Federal. Ele respondeu a perguntas feitas por jornalistas do G1 e da TV Globo.
Saúde
Durante a entrevista, Rollemberg disse “reconhecer que na saúde estão os nossos maiores problemas e os nossos maiores desafios” e afirmou que a área será “prioridade absoluta” caso vença as eleições de outubro.
“Ceilândia precisa de um hospital, e isso está no nosso plano de governo, a construção de um novo hospital na região. E eu tenho credibilidade para dizer que vou construir um hospital, porque eu construí um hospital em Brasília em quatro anos pegando a cidade em uma situação de muita dificuldade econômica, mas priorizamos e construímos um hospital”, afirmou, citando o Hospital da Criança.
O candidato à reeleição disse que, para melhorar a qualidade da saúde pública do DF, apostará na contratação de novos servidores, no modelo do Instituto Hospital de Base e na ampliação da cobertura do programa Saúde da Família.
Em diversos momentos, Rollemberg criticou o antecessor, Agnelo Queiroz (PT). “Só na Saúde, tinham R$ 600 milhões de serviços prestados anualmente sem contrato”, disse. O candidato enumerou que os serviços da UTI do Hospital de Santa Maria e de alimentação, caldeira, lavanderia, vigilância e limpeza não tinham nem sequer passado por licitação. “Eu pergunto: para onde estava indo esse dinheiro? Estava indo para o bolso de alguém.”
Rodrigo Rollemberg (PSB), candidato ao governo do DF — Foto: TV Globo/Reprodução
Veja outros temas da entrevista:
Finanças do DF
“Reconhecemos que não fizemos tudo aquilo que gostaríamos de ter feito, mas avançamos bastante. Posso falar do hospital [da Criança] maravilhoso que entregamos, com 202 leitos, o que há de mais moderno em tecnologia. O governo passado maquiou os dados, cancelou o conjunto de empenhos que tinha sido feito em 2014, e isso deixou um conjunto muito grande de despesas de exercícios anteriores não contabilizadas, e isso inclusive é motivo de um processo de improbidade administrativa do governador anterior.
Nós melhoramos muito a situação financeira do Distrito Federal, isso é reconhecido pela Secretaria do Tesouro Nacional. Nós já pagamos grande parte das dívidas do governo anterior e estamos pagando fornecedores e prestadores de serviço praticamente em dia. O que nos permite dizer que, com a casa arrumada sob o ponto de vista administrativo e financeiro, nós vamos poder fazer muito mais no próximo governo.”
Hospital da Criança sem atender
“Eu não inaugurei [o Hospital da Criança], eu entreguei o Hospital pronto, equipado. Estão fazendo os ajustes finais, os técnicos estão fazendo os testes dos equipamentos, a contratação e a qualificação da mão de obra para funcionar. Até o final desse ano, esse hospital vai estar funcionando com toda a sua capacidade, atendendo a toda a demanda de alta e média complexidade de pediatria do Distrito Federal, com 38 leitos de UTI.”
Críticas ao Centrad
“Nós fizemos um hospital, entregamos e vai funcionar neste ano, que custou R$ 106 milhões. Os governos anteriores fizeram uma PPP [para a construção do Centro Administrativo do Distrito Federal, o Central] em que há denúncia de conluio econômico, que custaria a mais para o Distrito Federal R$ 190 milhões por ano. Portanto, quase dois hospitais por ano e que, com as denúncias de corrupção e os problemas jurídicos, não pôde entrar em funcionamento. “
Educação
“Estranhamente, nós estamos há duas semanas buscando esse relatório no Tribunal de Contas [que aponta que 9 em cada 10 escolas do DF precisam de reformas] e o Tribunal de Contas não nos entrega esse relatório. Para contestar, de forma categórica, esse relatório. Em 2014, com abundância de recursos econômicos, o governo investiu R$ 43 milhões no Pdaf, que é o recurso direto para a escola. Em 2017, com toda a dificuldade econômica, nós investimos R$ 118 milhões, quase três vezes mais. A infraestrutura das escolas melhorou muito: cobertura de quadras, laboratórios, cantinas, pátios. Está uma maravilha? Não, porque foram muitos anos de abandono, mas eu posso assegurar, e o diretor de escola que está nos ouvindo neste momento sabe que nós temos razão.”
Segurança
“Nosso Pacto pela Vida priorizou o combate aos crimes violentos e aos homicídios. Nesses 3 anos e 8 meses, nós tivemos a maior redução do número de homicídios do Brasil: 38%. Fechamos o ano passado com a menor taxa de homicídios dos últimos anos. Nós temos muito o que avançar, nós estamos fazendo pesquisa de vitimização, identificando as manchas onde ocorrem o maior volume de crimes contra o patrimônio e violentos para atuar, e estamos conseguindo indicadores muito positivos. Nesse ano, em relação ao ano passado, que já foi o melhor dos últimos 29 anos, nós já estamos com uma redução significativa de homicídio. Estamos com 20 homicídios a menos do que o mesmo período do ano passado.”
Entrevista com candidatos
O DF1 entrevista ao vivo, nesta semana, os cinco candidatos mais bem pontuados na pesquisa Datafolha divulgada em 6 de setembro. Após o jornal, o G1 entrevistará ao vivo os mesmos postulantes. A ordem definida em sorteio é a seguinte:
- Segunda-feira (10/9): Rodrigo Rollemberg (PSB)
- Terça-feira (11/9): Ibaneis Rocha (MDB)
- Quarta-feira (12/9): Rogério Rosso (PSD)
- Quinta-feira (13/9): Eliana Pedrosa (PROS)
- Sexta-feira (14/9): Alberto Fraga (DEM)
No G1, os demais candidatos ao Palácio do Buriti também serão entrevistados. Nestas, o tempo é de 10 minutos, sem cortes. A ordem definida em sorteio é a seguinte:
- Segunda-feira (17/9): Miragaya (PT)
- Terça-feira (18/9): General Paulo Chagas (PRP)
- Quarta-feira (19/9): Alexandre Guerra (Novo)
- Quinta-feira (20/9): Fátima Sousa (PSOL)
- Sexta-feira (21/9): Renan Rosa (PCO)
- Sábado (22/9): Guillen (PSTU)
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