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Pacientes internados no Hospital Regional de Santa Maria participam de circuito de exercícios para ajudar na recuperação

Os pacientes internados nas enfermarias de Clínica Médica do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) possuem um cronograma semanal de atividades realizadas pela equipe de Fisioterapia e Terapia Ocupacional. O objetivo é desenvolver atividades que ajudem na sua recuperação física e motora, trabalhando equilíbrio, força muscular e mobilidade.

Um circuito com vários exercícios é montado no hall do 2º andar três vezes por semana. No local, os pacientes são levados aos poucos para se revezarem entre os exercícios propostos pela equipe. “Nesses circuitos a gente consegue trabalhar a mobilidade, a força e o equilíbrio, sendo as principais deficiências dos nossos pacientes hoje na Clínica Médica. Além disso, temos a possibilidade de retirá-los do ambiente de enfermaria, pois são pacientes que ficam muito tempo internados. Têm alguns que ficam dois dias, mas têm outros pacientes que ficam dois, três ou até quatro meses internados”, explica o fisioterapeuta rotineiro da Clínica Médica, Matheus Ferreira.

Segundo o profissional, são pacientes que ficam às vezes muito tempo internados, desenvolvem delírio e alguns acometimentos psiquiátricos e psicológicos, como ansiedade e depressão. “Alguns deles, como o delírio, a gente consegue evitar tirando o paciente do leito, levando lá fora no jardim para pegar sol, ou no hall onde tem uma televisão. Além desse espaço que montamos para se exercitar. O circuito otimiza e possibilita que consigamos trabalhar uma gama de habilidades, maior que um atendimento isolado. Essas atividades trazem muitos benefícios para a saúde em geral, não só a física, que é responsabilidade nossa, mas também a saúde mental”.

Raimundo Moreira, de 73 anos, está internado no HRSM há pouco mais de um mês e gosta muito de sair do quarto para participar do circuito de exercícios. “Depois que quebrei meu ombro, estou internado e comecei a ficar fraco das pernas. Sair da cama, andar um pouco e fazer alguns exercícios ajudam bastante”, avalia.

Sheila Moreira, de 45 anos, está internada tratando um abcesso e cálculo renal. Apesar de sua idade, ela já sente o impacto de estar internada há mais de uma semana. “Aqui fico muito tempo parada e deitada no quarto, então sinto meu corpo na maior fraqueza. Os exercícios ajudam a distrair e evita perder massa muscular. No meu caso, ficará mais fácil continuar com a minha rotina de exercícios após a alta”, considera.

Segundo a fisioterapeuta Adriana Rodrigues, as atividades são pensadas em estimular o corpo a não perder suas habilidades adquiridas, como fazer atividades domésticas, correr, praticar esportes, ter mobilidade e conservar a memória muscular do paciente, evitando perder a massa muscular.

Funcionalidade

Matheus explica que a principal função da equipe de Fisioterapia e TO da Clínica Médica, composta hoje por 15 fisioterapeutas e dois terapeutas ocupacionais, é fazer com que o paciente não perca força física, que ele consiga desenvolver suas atividades fora do hospital quando receber alta médica. Além de desenvolvê-lo para deixá-lo funcional, devolvendo ele para casa o mais próximo possível de como estava antes da internação, dando conta de fazer suas atividades do dia a dia.

“O desafio é deixar o paciente funcional. Muitas vezes eles se queixam que não conseguem mais subir escadas, não conseguem pegar ônibus, ou até mesmo entrar em um carro por uma série de limitações que acontecem. Então, além da prevenção que a gente faz para que esse paciente não perca essas funções, a gente trabalha na reabilitação também”, informa.

São os casos de paciente que chega acamado, e depois de muitos protocolos da Fisioterapia, é possível devolvê-lo andando por um ambiente hospitalar. “Não todas às vezes a gente consegue devolver ele com 100% de força, com 100% da mobilidade, mas tentamos devolvê-lo o mais próximo disso. Então, quando a gente faz um bom serviço dentro do ambiente hospitalar, a alta do paciente é mais facilitada. Quanto mais o paciente sai do leito, menos tempo de hospitalização ele vai ter”, afirma o fisioterapeuta.

Quando não são realizados os circuitos, a equipe faz os atendimentos de maneira convencional, ou seja, individual com cada paciente. Os atendimentos de Fisioterapia ocorrem todos os dias da semana.