Os rins também podem sofrer infarto. Conhecido como infarto renal, o fenômeno que consiste no comprometimento de tecido do órgão, causado pelo agravamento da artéria responsável por transportar o sangue para os rins, exige atenção de pessoas no grupo de risco.
Nível alto de colesterol ruim (LDL), hipertensão não controlada (principalmente quadros de hipertensão maligna), tabagismo, arteriosclerose severa, doenças reumatológicas, ou ainda, o sedentarismo e obesidade são condições que predispõem ao infarto renal. O êmbolo pode ser proveniente do coração ou formado a partir de placas de ateroma na própria artéria renal e, em ambas situações, interrompe o fluxo sanguíneo para o rim.
Silencioso, o infarto renal dá sinais somente quando está na iminência de acontecer – febre, enjoo, vômito e dor nas costas são sintomas característicos. Em alguns casos, a obstrução da artéria pode elevar a elevação da pressão arterial. Quando agravada, a obstrução do vaso sanguíneo impede a produção de urina e pode levar à insuficiência renal aguda.
“O diagnóstico se faz com exames de imagens como Us com doppler de artérias renais, tomografia ou ressonância. Análises laboratoriais de sangue e urina também na avaliação inicial. Por isso recomendamos a todos, principalmente aqueles que estão entre os fatores de risco, a procurem regularmente um nefrologista para avaliar sua função renal”, afirma Isabela Novais, nefrologista do INEB Brasília.
Tratamento
O tratamento precoce é indispensável para preservar a saúde dos rins. Se for parcial, o infarto renal é reversível já que o epitélio tubular, a área do órgão afetada, tem a capacidade de regenerar-se nesta condição.
“A prevenção da formação de matéria flutuante adicional capaz de interromper a circulação do sangue na artéria renal consiste na prescrição de medicamentos anticoagulantes. Se o vaso já estiver obstruído, é preciso fazer uma angioplastia. A intervenção é rápida e os resultados na proteção do rim, imediatos”, conclui Isabela.