O produtor norte-americano de efeitos visuais Craig Caton-Largent defendeu, em palestra em Brasília, que, seja em cinema ou em jogos, aqueles que querem seguir carreira no audiovisual precisam ousar em criatividade. “A originalidade e autenticidade são diferenciais no mercado; mas antes de tudo isso vem a paixão”, afirma. Craig trabalhou em animações como “Enrolados” e “Como Treinar o seu dragão” e nos clássicos e recordes de bilheteria “Titanic”, “Jurassic Park” e “ET”.
Segundo Craig, o Brasil é um lugar de muita diversidade e há grande potencial para aqueles que querem ingressar na indústria audiovisual. “As referências dos brasileiros estão em seu próprio país, em todos os aspectos”, comenta. Ele citou o jogo “Horizon Zero Dawn” como caso de sucesso da produção brasileira em efeitos visuais. O game teve como co-produtora a empresa de desenvolvimento visual externo Kokku, de Recife, Pernambuco, na modelação de parte dos robôs e máquinas do mundo virtal.
O diretor de recrutamento da New York Film Academy, Roger del Pozo, acredita no potencial dos artistas brasileiros e destaca que são muito apaixonados no que fazem, mas ainda esbarram na barreira da falta de abertura. “Eles têm muita riqueza histórica e cultural; isso os dá muitas histórias interessantes pra contar. O que eles precisam é de oportunidade”, comenta.
Craig começou a carreira com efeitos visuais em 1980. Trabalhou em companhias como Disney e Dreamworks Animation. É um dos fundadores da produtora Digital Domain e atualmente é professor de animações 3D e efeitos visuais na New York Film Academy.
Por Vítor Mendonça
Sob supervisão de Luiz Cláudio Ferreira