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Projeto aproxima estudantes do patrimônio

A Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) anuncia a temporada 2022 do “Territórios Culturais”. O projeto aproxima escolas da rede pública de seis espaços culturais com vivências em educação patrimonial mediadas por professores da Secretaria de Educação (SEE). O objetivo é proporcionar reflexões e conhecimentos transversais, abordando vários campos como arte, história, sociologia e geografia.

 

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Territórios Culturais 

 

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Cartilha Territórios Culturais

 

Foto de Hugo LiraAquiles Brayner

“Territórios Culturais têm a missão de promover, por meio do processo de imersão patrimonial e reflexão crítica, uma educação inclusiva que desperte nos nossos estudantes a identificação com os bens culturais, artísticos e históricos do DF”, reforça o subsecretário do Patrimônio Cultural da Secec, Aquiles Brayner.

 

Aquiles lembra que a iniciativa fomenta aprendizagem sobre o patrimônio cultural de forma “dinâmica e participativa, em que as temáticas trabalhadas refletem as questões e peculiaridades de cada equipamento envolvido”.

 

Os espaços que tomam parte do projeto são Museu Nacional da República, Catetinho, Museu Vivo da Memória Candanga, Conjunto Cultural Três Poderes, Memorial dos Povos Indígenas e Cine Brasília.

 

Pedagoga e analista de atividades culturais da Secec, Alessandra Lucena Bittencourt, na coordenação técnica e acompanhamento do projeto, elogia o perfil dos docentes selecionados. Os candidatos passam por prova de títulos e entrevista.

 

“Há professor de história, pedagogia, sociologia, artes e outras áreas, alguns com duas formações, mestrado, doutorado. São profissionais que têm interesse por pesquisa.”

 

Catetinho

CATETINHO VIRTUAL

Atuante no Catetinho, o professor de história e mestre na disciplina, Ramón Ribeiro Barroncas, trabalhou em atendimentos online de uma hora de duração no segundo semestre do ano passado.

 

“A visitação virtual era projetada em tempo real no espaço da unidade escolar que havia agendado o atendimento. Os estudantes tinham a oportunidade de conhecer a história do Catetinho e fazer um passeio tridimensional ao território com a ajuda de ferramentas digitais”, relata.

 

Arquivo PessoalRámon em aula virtual

Entre estudantes do ensino fundamental e do médio, o projeto recebeu 1238 estudantes em 2021, divididos pelas 10 regionais de ensino que participaram da visitação virtual. “Eles se mostraram bastante participativos, com muitos questionamentos e demonstrando muita vontade de conhecer presencialmente o espaço”, informa.

 

O Catetinho está passando por manutenção e reforma e continua fechado até a segunda quinzena de abril. Mobiliário, utensílios, livros e objetos que fazem parte da mostra permanente no local, num total de 466 itens, foram guardados temporariamente no Centro de Dança. O equipamento, pelo fato de ser de madeira e não poder ser sanitizado adequadamente a fim de evitar a transmissão da Covid-19, foi mantido fechado até o surgimento de novos protocolos que já permitem sua liberação após a reforma.

 

CINE BRASÍLIA NA MOCHILA

Arquivo Pessoal

Alunos no Cine Brasília

Arquivo Pessoal

e na sala de Ronivan

 

Lotado no Cine Brasília, o professor e artista multimídia Ronivan de Sousa Vieira é mestre em artes cênicas, pela Universidade Nova de Lisboa, de Portugal, e especialista em videografia pela francesa Université Bordeaux Montaigne.

 

“É uma realização como artista e professor. Sinto-me orgulhoso de trabalhar nesse projeto que concilia cultura e educação. Entrei no Territórios Culturais no ano passado e, aos poucos, crio o programa educativo desse espaço, templo do cinema brasileiro”, diz.

 

Durante a pandemia, Ronivan conta que experimentou levar o objeto do Cine Brasília até as escolas. Numa espécie de “cinema na mochila”, como ele diz, o professor visitava as unidades agendadas e exibia filmes brasileiros, realizava debates ao final e desenvolvia projetos de cinema-educação com alunos e professores. “Apesar das restrições da Covid-19, conseguimos atender a muitas unidades escolares”, comemora.

 

Ronivan, em sua prática pedagógica, discute com os estudantes a importância do Cine Brasília como patrimônio cultural, estabelece a relação do espaço com a criação da capital e das quadras modelos lá existentes (SQS 107, 108, 307 e 308) e discorre sobre o papel do cinema na história da cidade.

 

“Percebo que a maioria dos alunos nunca havia ido ao Cine Brasília ou mesmo ao Plano Piloto, e por isso tenho tentado, por meio de dinâmicas pedagógicas, fomentar a aproximação e a identificação dos alunos com esse território que, para muitos deles, é estranho e distante”, elabora.

 

No início de março, Ronivan exibiu “Eduardo e Mônica” com legendas e intérprete de Libras. “Foi maravilhoso. Pudermos incluir os alunos surdos que são, muitas vezes, excluídos das atividades culturais”.

 

O docente atendeu cerca de 400 alunos dos Centros de Ensino Médio (CEM) 2 e 4 de Sobradinho e CEM 2 do Guará.

 

MUSEU VOADOR

Arquivo PessoalEstudantes no Museu Nacional

Doutora e mestra em arte pela Universidade de Brasília (UnB) e especialista em Gestão Escolar, Leísa Sasso é responsável pelo programa educativo no Museu Nacional da República (MUN). Ela usa uma metodologia que media o processo de aprendizagem com o uso criativo de impressões e informações.

 

Leísa provoca os visitantes no Museu Nacional com questões que estimulam a reflexão sobre conceitos fundamentais na educação patrimonial – identidade, pertencimento, cidadania e cuidado.

 

Olhar para o céu de Brasília com o objetivo de reproduzi-lo a partir de um estudo de cores; pensar na estrutura do museu como a de uma oca, cujas janelas para o mundo são os quadros; ou a de um disco voador que pode transportar os jovens usuários para outros lugares estão entre as vivências pedagógicas sugeridas pela professora.

 

Arquivo PessoalRenata Azambuja

Docente de arte-educação e servidora da Educação desde 1991, Renata Azambuja frisa que projetos culturais constituem um eixo transversal (um recorte combinando conhecimentos de várias áreas), que usa o patrimônio – material e imaterial, tombado ou não – para produzir vínculos de identidade, memória e pertencimento.

 

Renata destaca ainda que o termo “território” também é especial. Significa espaço vivenciado, em que sujeitos se reconhecem, se localizam e pensam sobre o lugar onde moram. Ela festeja a parceria entre Cultura e Educação. “É importantíssima! Fazemos um trabalho em rede que gera vínculos institucionais mais fortes”.

 

Territórios Culturais

Para solicitar o agendamento, é necessário preencher o formulário disponível no link (clique aqui) e aguardar o retorno dos professores do projeto.

 

Museu Nacional da República – museu@cultura.df.gov.br – 3325-5220

Museu do Catetinho – educativo.catetinho@cultura.df.gov.br  – 3338-8803

Memorial dos Povos Indígenas – educativo.mpi@cultura.df.gov.br – 3306-2874 / 3344-1155

Cine Brasília – cinebrasiliaeducativo@cultura.df.gov.br -3325-7777

Conjunto Cultural Três Poderes – agendamento.cc3p@cultura.df.gov.br – 3322-7025

Museu Vivo da Memória Candanga – mvmc@cultura.df.gov.br – 3327-2145

 

Assessoria de Comunicação da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Ascom/Secec)

E-mail: comunicacao@cultura.df.gov.br