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Projeto já coletou 28 mil bitucas de cigarro para reciclagem

Administradores regionais do Distrito Federal puderam conhecer de perto, nesta semana, a proposta do projeto Poiato, uma iniciativa que tem como objetivo oferecer a coleta e a destinação adequada para as bitucas de cigarro. No Museu da Limpeza Urbana, os administradores do Sudoeste, Cruzeiro, Guará, Park Way e SIA ouviram os primeiros resultados dessa iniciativa que começou no Plano Piloto.

Em encontro que contou com a presença do diretor-presidente do SLU, Silvio Vieira, o sócio-fundador da empresa que coordena as ações, Marcos Poiato, apresentou o projeto que já foi implantado no Plano Piloto. Em 20 dias desde a instalação dos 100 coletores em diversos pontos da região, foram recolhidos 11 quilos do material, o que corresponde a 28 mil bitucas de cigarro aproximadamente.

Com tecnologia 100% nacional, as bitucas se transformam em massa celulósica que poderá ser utilizada em artesanato e outras finalidades junto a entidades sociais

O material coletado segue agora para reciclagem, num processo desenvolvido pela empresa com apoio da Universidade de Brasília (UnB), utilizando tecnologia 100% nacional. As bitucas se transformam em massa celulósica que poderá ser utilizada em artesanato e outras finalidades junto a entidades sociais.

“Quando se fala em cigarro, as pessoas logo pensam que o correto seria não fumar. Com isso, pouco se pensa no resíduo gerado por esse hábito que ainda persiste em uma grande parcela da população. Estamos há 12 anos nesse estudo para implantar esse projeto que hoje já está presente em 82 cidades brasileiras. Nossa intenção é ampliar esse serviço no Distrito Federal, com apoio do poder público”, explicou Marcos Poiato.

As bitucas de cigarro são um problema de saúde e de meio ambiente. De acordo com estudos das Nações Unidas (ONU), são mais de 7 mil substâncias tóxicas contidas nas bitucas de cigarro, os resíduos mais encontrados em ruas, calçadas, praias, mares e oceanos. No planeta, são vendidos cerca de 15 bilhões de cigarros a cada dia. E a estimativa é de que apenas 1% deste resíduo tem destinação correta, provocando muitos danos ao meio ambiente.

“Nós, do SLU, que fazemos a gestão de resíduos no Distrito Federal, ficamos entusiasmados quando vemos esse tipo de projeto que envolve parceria entre iniciativa privada e poder público, porque trata-se de um problema que precisa da participação de todos”, afirmou Silvio Vieira.

*Com informações do SLU

Agência Brasília* I Edição: Débora Cronemberger