O Distrito Federal foi escolhido para executar o projeto-piloto do programa Criança Feliz Brasiliense nas unidades de acolhimento institucional. Com isso, as crianças terão a oportunidade de receber os visitadores e serão estimuladas e acompanhadas, tendo garantido o crescimento saudável e adequado.
“Nosso projeto-piloto vai servir de modelo e referência para todo o Brasil”Kariny Alves, assistente social da Sedes
No Distrito Federal, o Criança Feliz Brasiliense contempla 16 regiões administrativas, por meio de uma parceria entre a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) e uma organização da sociedade civil (OSC) que atende mais de 3,2 mil pessoas. Até então, as ações do programa são executadas diretamente nas residências das pessoas assistidas.
A assistente social participou da implementação do programa no DF há dois anos. Todas as famílias assistidas pelo Criança Feliz Brasiliense são cadastradas nas unidades do Centro de Referência de Assistência Social (Cras).“Essa é uma orientação já prevista no programa federal criado pelo Ministério da Cidadania que será multiplicada para todo o país a partir da experiência e da metodologia adotada aqui”, explica a assistente social Kariny Alves, da Sedes. “Nosso projeto-piloto vai servir de modelo e referência para todo o Brasil. A partir dele, o governo federal vai desenvolver uma cartilha para que seja executado nacionalmente o atendimento a esse público.”
Parcerias selecionadas
Para o projeto-piloto, a Sedes indicou três OSCs parceiras que já trabalham com crianças de até seis anos e atuam nos territórios atendidos pelo programa – Lar da Criança Padre Cícero, em Taguatinga; Instituto Nossa Missão, no Paranoá, e Instituto Aconchego, responsável pelo programa Famílias Acolhedoras.
São crianças que, neste momento, se encontram em restrição de convívio familiar e que vão receber as visitas dos cuidadores do Criança Feliz Brasiliense. Na escolha das OSCs parceiras, também foi considerada a capacidade técnica dessas instituições para executar o serviço, fornecer os dados e trabalhar junto ao programa.
“Tudo está sendo avaliado, porque estamos ampliando o nosso atendimento, além das famílias já assistidas”, lembra a secretária-executiva do comitê gestor do Criança Feliz Brasiliense, Ana Caroliny Oliveira. “A metodologia que vamos utilizar nas unidades de acolhimento é a mesma já adotada no programa.”
Ana Caroliny ressalta: “Para o desenvolvimento integral da criança, é importante ela ter um vínculo familiar, nos casos das crianças acolhidas será o cuidador. Os visitadores vão até as instituições, no ambiente em que elas vivem. A ideia é que a criança se sinta acolhida de fato, sinta que tem alguém olhando por ela. É uma dedicação exclusiva do visitador com a criança naquele momento”.
Encaminhamento
Antes do início das visitas, foram promovidas duas oficinas com gestores, visitadores e representantes das três OSCs. Além de apresentar o Criança Feliz, os encontros tiraram dúvidas sobre o funcionamento das visitas, do programa e das instituições. Na segunda-feira (23), a equipe participou da segunda reunião de alinhamento técnico do programa.
“Eu adorei o convite para participar deste projeto-piloto”, comemora a coordenadora-geral do Instituto Nossa Missão, Lenira Lyra. “É preciso amor, afeto para conseguir atingir o objetivo. Quando recebemos a criança, é preciso haver uma desconstrução; sem amor, sem afeto, não dá para fazer”. Segundo a gestora, 90% das crianças acolhidas na instituição são encaminhadas pela Vara da Infância e da Juventude.
É o caso do Lar da Criança Padre Cícero, que acolhe o público de até dois anos de idade. “A instituição vai muito mais além dos muros e paredes”, ressalta a vice-presidente da instituição, Maria Meire Nascimento da Costa. “Temos um projeto parecido na nossa instituição que tem obtido bons resultados.”
Após as visitas, a Sedes e a gestão do programa vão apresentar, em agosto, os primeiros resultados desse novo modelo de execução do Criança Feliz Brasiliense nas unidades de acolhimento.
*Com informações da Secretaria de Desenvolvimento Social
Agência Brasília* | Edição: Chico Neto