Muita paquera e diversão fazem parte da programação de Carnaval. Nesse período, a Secretaria de Saúde (SES) recomenda redobrar os cuidados para prevenir as Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST). Com o clima de festa, às vezes as pessoas acabam se esquecendo da proteção e expõem sua saúde fazendo sexo sem uso de preservativo.
Além da Aids/HIV, ainda há riscos de contrair sífilis, hepatites B e C, papiloma vírus humano (HPV), herpes e outras doenças repassadas por meio do contato sexual.
“Essas infecções são transmitidas, principalmente, pelo ato sexual [oral, vaginal e anal], quando não há o uso da camisinha”, explica a gerente-substituta de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis da SES, Carina Matos. “As pessoas se preocupam mais com o HIV, que é uma doença cercada de preconceito, mas há outras infecções perigosas, como a sífilis, que tem aumentado cada vez mais o número de infectados.”
Mais preservativos
Durante os dias de Carnaval, a SES vai aumentar em 15% a grade de preservativos, em comparação com o ano passado. Com isso, serão 240 mil unidades extras, totalizando 1,8 milhão de camisinhas a serem distribuídas durante o período.
1,8 milhãoTotal de camisinhas a serem distribuídas pela Secretaria de Saúde durante o Carnaval
“Temos várias opções de prevenção além da camisinha, como a testagem rápida, disponível em Unidades Básicas de Saúde [UBSs] e no Núcleo de Testagem e Acolhimento [NTA]; o tratamento correto de outras infecções sexualmente transmitidas e a profilaxia pós-Exposição [PEP]”, ressalta Carina Matos.
A PEP é uma medida de prevenção com a utilização de antirretrovirais como profilaxia para o HIV, o que evita a multiplicação do vírus no organismo da pessoa. É indicada aos usuários que tiveram contato com o vírus em alguma situação de risco, como violência sexual, relação sexual desprotegida e acidente ocupacional. O procedimento deve ser feito em até 72 horas do contato de risco. O primeiro atendimento pode ser realizado nos serviços de urgência dos hospitais.
Na unidade hospitalar, esclarece Carina, os usuários são atendidos e recebem a medicação antirretroviral para sete dias. “Após o procedimento, são encaminhados para a continuidade do tratamento, em até 28 dias, nas unidades de referência para o HIV/Aids, onde serão acompanhados por mais tempo e com a maior especificidade que o caso requer”, explica.