A síndrome dos ovários policísticos ou síndrome de Stein-Leventhal, como também é conhecida, trata-se de um distúrbio hormonal que provoca o aumento dos ovários – dois órgãos localizados de cada lado do útero que são responsáveis pela ovulação por meio dos folículos, e isso faz com que sejam criados os cistos.
A doença crônica acontece muito comumente nas mulheres em idade reprodutiva. Mesmo sem causa conhecida, o diagnóstico e tratamento precoce são fundamentais para a redução de riscos e complicações futuras na saúde.
Nessa edição, o ginecologista e obstetra da Maternidade Brasília, Dr. Marcus de Paula, explica sobre o que é a doença, os sintomas e formas de tratamento.
O que é a Síndrome do ovário policístico?
A síndrome dos ovários policísticos é caracterizada por um distúrbio hormonal bastante comum, no qual surgem os cistos, que são coleções cheias de líquido ou substância mucoide.
A doença pode provocar sintomas como: irregularidade menstrual, o aumento de pelos corporais, acne, ou mesmo obesidade e infertilidade. Ou seja, de sintomas mais dos simples aos mais graves.
Sintomas da síndrome do ovário policístico
A presença da síndrome de ovário policístico pode provocar uma série de sintomas, entre os mais comuns estão:
Acne;
Mudanças na menstruação (mais espaçadas, com volume variado);
Aumento nos seios, no rosto e abdômen;
Aumento de pelos no corpo como rosto, mamilos, barriga;
Obesidade;
Infertilidade;
Queda de cabelo;
Depressão.
Quais as causas da síndrome do ovário policístico?
As causas da síndrome do ovário policístico ainda não são conhecidas. O que se sabe é que metade das mulheres acometidas têm problemas hormonais e que ocorre, sobretudo, nas mulheres entre 30 e 40 anos de idade.
Síndrome do ovário policístico causa dor de cabeça?
A síndrome pode incluir sintomas diversos pela alteração hormonal inerente à síndrome, mas não é um dos sintomas mais comuns relacionados à síndrome
Como diagnosticar a síndrome do ovário policístico?
A síndrome pode ser diagnosticada por meio da avaliação dos sintomas, o exame de ultrassom transvaginal e exames de sangue para medir a dosagem de hormônios.
“Não há prevenção à doença, porém o controle do peso influencia na melhora dos sintomas relacionados à síndrome”, explica o médico.
Qual o tratamento para a síndrome do ovário policístico?
Por ser uma doença crônica, o tratamento tem o objetivo de tratar dos sintomas. Ele tem como seu principal objeto o controle na produção de hormônios masculinos, em regular a menstruação, minimizar os sintomas de pele com diminuição de oleosidade e pelos.
Além disso, o tratamento também pode incluir medicamentos de prevenção ao diabetes e colesterol alto que possuem uma correlação com a obesidade e casos de infertilidade, que podem estar associados.
“O tratamento varia de acordo com o quadro da paciente e com o desejo de gestar ou não”, explica o Dr. Marcus de Paula.
Ele acrescenta ainda que “nem toda mulher que possui a síndrome possui infertilidade, porém há uma correlação importante entre a síndrome e a dificuldade de gravidez. O tratamento em si não aumenta risco de nenhuma malformação ou prejudica a gestação, porém caso a paciente possua alguma doença como obesidade, diabetes e síndrome metabólica pode tornar a gravidez de alto risco que aspira cuidados”.
Ovário policístico pode levar à morte?
O médico explica que “não é uma doença que leva à morte, porém pode aumentar a chance de doenças crônicas como obesidade, diabetes e dislipidemia o que pode, em última instância, aumentar o risco de doenças cardiovasculares que podem levar à morte”, explica.