Em pouco mais de 70 dias de atividade, o SOS DF mudou a cara do Distrito Federal. Lançado no dia 2 de janeiro, o programa foi criado para revitalizar a cidade de forma integrada, a partir de demandas pontuais das administrações regionais e obras emergenciais, e já contabiliza mais de 40.100 mil ações, como roçagem e poda de árvores, operação tapa-buraco, revitalização da sinalização de trânsito e troca de lâmpadas queimadas.
Aproximadamente, 480 servidores estão envolvidos no programa. Os resultados são surpreendentes. A área roçada no período foi de 40.993.861,79 m2, o que equivale a 5.741 campos de futebol do tamanho do adotado no estádio Mané Garrincha. A varrição manual de vias e espaços públicos chegou a 7.840 quilômetros, ou 560 vezes a extensão de Eixão, de uma ponta à outra. Já os serviços relacionados à operação Tapa-buraco e à reposição de asfalto consumiram 5.767 toneladas de massa asfáltica. É quase duas mil vezes o peso da Belinha, elefante que vive no Zoológico de Brasília.
Quanto à coleta de lixo e entulho, o montante ultrapassou as 27.378 toneladas. Essa quantidade, dividida e empilhada em blocos, chegaria a uma altura correspondente a 60 Torres de TV Digital.
José Humberto Pires, que é secretário-executivo do Conselho Permanente de Políticas Públicas e Gestão Governamental, avalia que o SOS DF cumpre a missão para a qual foi criado. “O programa foi pensado para tirar a nossa cidade da situação de abandono em que se encontrava, principalmente as regiões mais distantes e carentes. E essas ações refletem diretamente na qualidade de vida da população”, explica ele, lembrando que o prazo de duração do SOS DF é de 100 dias.
Coordenada pela Secretaria de Obras e Infraestrutura, a força-tarefa envolve diversos órgãos do GDF, entre os quais Novacap, CEB, Detran, Caesb, DF Legal, SLU e DER.
“A dinâmica administrativa do SOS DF reflete o posicionamento da Secretaria no governo atual: sempre alinhada com todos os órgãos envolvidos quando o assunto é obra pública. Antes, os órgãos atuavam de forma independente e, agora, há uma convergência. Isso incide na oferta de serviços mais eficazes para a população”, explicou Izídio Santos, secretário de Obras e Infraestrutura do GDF.
As atividades do SOS DF vão até o dia 10 de abril e atenderão todas as regiões administrativas do Distrito Federal.
População atendida
Um dos diferenciais do SOS DF é a interação com a população. Administradora regional do Riacho Fundo II, Ana Maria da Silva explica que as solicitações dos moradores chegam por meio das redes sociais, em reuniões com a comunidade ou pelo protocolo. “O objetivo é melhorar a qualidade de vida da população e a administração estará sempre em ação para buscar uma alternativa para solucionar”, explica.
Os resultados são visíveis e a satisfação dos morados confirma o sucesso da iniciativa. Sônia Maria da Silva, diretora da cooperativa de coleta seletiva 100 Dimensão, moradora há mais de 20 anos no Riacho Fundo II, afirma: “essa limpeza ajudou muito o meu trabalho, porque melhorou o acesso das pessoas que vêm trazer material para ser reciclado na nossa cooperativa”.
Para o governador Ibaneis, o SOS DF é a “resposta ao pedido de socorro da população, que não aguentava mais tanto sofrimento”. Ainda segundo o chefe do Executivo local, essa é uma mobilização integrada histórica da máquina pública do DF em torno do cidadão. “Não apenas consertamos canos ou tapamos buracos. Nós estamos pavimentando o caminho para o desenvolvimento e o futuro da cidade que amamos e que escolhemos para viver e criar os nossos filhos”, afirma Ibaneis.
SOS DF Rural
Para atender as populações mais distantes e carentes, o GDF lançou em 22 de janeiro o SOS DF Rural. A iniciativa reúne equipes da Secretaria de Agricultura, do DER, da Novacap, do SLU e da CEB, e presta atendimento às demandas de acesso a escolas, postos de saúde e produtores rurais das regiões.
Desde o início das atividades, o SOS DF Rural contabiliza 888 mil metros quadrados de área patrolada e 395 mil metros quadrados de roçagem.
Nesses dois meses de atuação, as atividades foram concentradas em três regiões administrativas: Gama, Planaltina e Paranoá, em vias como as DFs 120, 125, 270, 285, 295, 332 e as Rodovias Vicinais 427 e 447.
Os serviços incluem o trabalho de asfaltamento, roçagem, podas de árvores, nivelamento das estradas, troca de lâmpadas, além de outras ações, consideradas importantes para o dia a dia dos moradores. “São problemas pontuais, com soluções simples que mudam para melhor a vida da população. É uma atuação transversal, com muitos órgãos envolvidos, que tem gerado muitas mensagens positivas da comunidade e até dos diretores das escolas”, avalia o secretário de Agricultura, Dílson Resende.
“Arrumamos as estradas e os acessos, limpamos o entulho, trocamos lâmpadas luz, tiramos as árvores que colocavam em risco as escolas, ou seja, estamos levando solução para quem realmente precisa”, completa o secretário.