Estamos diante de um novo momento do mundo. O ano de 2020 não foi fácil para ninguém, e o setor de educação está entre os mais afetados, já que precisou se reinventar da noite para o dia. As aulas presenciais de uma semana, viraram aulas on-line na semana seguinte, tanto para os pequenos do maternal, como para os adultos de graduação. Isso sem tempo de planejamento para nenhuma das partes. Coube à tecnologia ser o canal para que esse processo fosse feito da melhor forma possível e, no geral, deu certo.
A aceleração de cinco anos em cinco meses, que tanto foi falada em 2020, realmente ocorreu e o setor de educação, tão prejudicado com a crise de saúde que tivemos, foi o que mais precisou ser acelerado, por isso, o conceito de Transformação Digital entrou em cena.
Não bastou transferir as aulas para plataformas de reuniões on-line. Foi preciso uma mudança de cultura de instituições e professores a fim de que se aproximassem da realidade digital dos alunos. Para estes, a adaptação foi mais simples, pois o digital está tão presente no seu dia a dia, com vídeos e séries em plataformas de streaming, por exemplo, que foi apenas mais um motivo para estar no smartphone, tablet, notebook ou desktop. Essa mudança de cultura, para algo mais digital, será benéfica para as instituições se aproximarem ainda mais dos alunos. Se essa geração de hoje já está muito digital, como serão as próximas? O desafio é constante no cenário das instituições, e agora a tecnologia está ao seu lado para quebrar essa barreira.
Em todo processo de inovação existem desafios, curva de aprendizado e tempo de maturação, e o seu legado não vai ser esquecido. Com o iminente fim da pandemia, a educação híbrida ganha força, sendo mais um benefício que a tecnologia trouxe. Alunos e professores sentem falta da sala de aula, das conversas, do calor humano, mas ao mesmo tempo entendem que o acesso às aulas on-line permite uma amplificação no conhecimento. Enquanto conta como Pedro Álvares Cabral chegou ao Brasil, alunos podem ver um vídeo, selecionado pelo professor, no YouTube, por exemplo. Enquanto o professor conta sobre o comercial da BomBril, na aula de marketing, os alunos podem entrar no site da empresa e ver as principais campanhas.
O ensino se potencializa, mas entra um outro desafio, que em sala de aula já era grande: prender a atenção do aluno com tantos estímulos para tirar a atenção; afinal, do mesmo jeito que acessa facilmente o YouTube para ver o vídeo que o professor orientou, o aluno acessa seu Instagram e o foco da atenção muda em fração de segundos.
As ferramentas digitais já fazem parte do cotidiano dos alunos, por isso é possível valorizar a aprendizagem individual com os materiais disponibilizados nas plataformas e, de forma paralela, complementar os conhecimentos adquiridos com a interação na sala de aula, com conteúdos que o aluno só poderá ver na aula.
De fato, a transformação digital não pode passar em branco nas instituições de ensino. Se bem articulada, a união de tecnologia e educação permite uma gestão educacional mais eficiente e um ensino mais dinâmico e contextualizado ao mundo atual.
*Marcelo Lima é diretor de relações institucionais na Quero Educação, startup brasileira de marketing educacional
Sobre Quero Educação
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