Taguatinga vai ganhar três novas creches públicas. Os centros de Educação da Primeira Infância (Cepis) serão construídos na EQNL 9/11, na Área Especial 18 da QNJ e na Área Especial 1 da QNM 38. O investimento previsto é de quase R$ 6 milhões em cada unidade, que vão gerar 180 empregos e atender 564 crianças, ao todo. Os dois primeiros projetos de elaboração são da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap), enquanto o último está sendo feito pela Secretaria de Educação.
As creches da QNJ e EQNL fazem parte do termo de compromisso de 2012/2013 do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), que foi resgatado pelo Governo do Distrito Federal (GDF) nesta gestão e contempla um total de 15 CEPIs em diferentes regiões administrativas – destas, cinco já estão em fase de execução no DVO e na EQ 1/2, do Gama; Quadra 112 e 109, no Recanto das Emas; e Quadra 23, de Planaltina. As unidades contam com verbas do FNDE e também recursos próprios do GDF.
“Em quase todas as regiões do DF temos carência na questão de vagas de creches. Esses projetos são de extrema importância não só no pós-obra, mas também durante a execução. Vão aquecer o comércio, gerar empregos, entre outras questões socioeconômicas para o desenvolvimento da região” – Leonardo Balduíno, subsecretário de Infraestrutura Escolar
“Para gente da Novacap tem sido motivo de muito orgulho conseguir alavancar esses projetos que estavam há tantos anos inviabilizados. Principalmente se tratando de equipamentos públicos tão essenciais para a sociedade”, explica a chefe do Departamento Técnico da Diretoria de Edificações da Novacap, Alessandra Bittencourt.
Diferentes fases
Cada uma dessas três creches de Taguatinga está em uma fase. O centro da QNJ, no chamado Setor J, teve a licitação publicada e está sendo analisada a documentação das empresas concorrentes. A estimativa de custo é de R$ 5.892.805. A unidade da EQNL, que integra o Setor L, aguarda a publicação da licitação prevista para até maio. O valor previsto é de R$ R$ 5.650.396.
A creche da QNM 38, no Setor M, ainda está na etapa do projeto. “Está em fase de desenvolvimento e dos projetos complementares. A expectativa é de que a gente consiga concluir até o final do primeiro semestre de 2022, para que possamos efetivamente aprovar os projetos no FNDE e firmar o termo de compromisso para levar a obra para licitação no segundo semestre deste ano”, explica o subsecretário de Infraestrutura Escolar da SEE, Leonardo Balduíno.
As três seguirão o modelo padrão 1, que mede 1.317,99 metros quadrados, com 10 salas de aula, parte administrativa completa, refeitório, cozinha, sala multiuso, pátio coberto e parquinho. A capacidade de atendimento é de 188 crianças de até 5 anos e 11 meses em turno integral, divididos em Creche (até 3 anos e 11 meses de idade), Creche I (até 11 meses), Creche II (1 ano até 1 ano e 11 meses), Creche III (2 anos até 3 anos e 11 meses) e Pré-escola (4 até 5 anos e 11 meses).
“Era uma demanda muito grande da nossa comunidade, que fez até abaixo-assinado. Temos cinco bairros em Taguatinga que são muito carentes de creches” – Ezequias Pereira, administrador de Taguatinga
Demanda antiga
Para o subsecretário, as novas creches vão atender uma necessidade de Taguatinga. “Em quase todas as regiões do DF temos carência na questão de vagas de creches. Esses projetos são de extrema importância não só no pós-obra, que é a entrega efetiva da obra à comunidade para que as crianças possam estudar, mas também durante a execução. Vão aquecer o comércio, gerar empregos, entre outras questões socioeconômicas para o desenvolvimento da região”, avalia. Cada unidade estima gerar 60 empregos.
O administrador de Taguatinga, Ezequias Pereira da Silva, concorda. Ele participou das conversas da administração com a Secretaria de Educação quando ainda era chefe de gabinete. “Era uma demanda muito grande da nossa comunidade, que fez até abaixo-assinado. Nós temos cinco bairros em Taguatinga que são muito carentes de creches”, revela.
De acordo com Silva, os novos centros de educação beneficiarão moradores de setores bastante carentes. “Os projetos vão realizar esse sonho antigo da população e atender setores muito carentes, como a QNL e a expansão da M Norte. São áreas que necessitam demais das creches, porque só tinham unidades particulares”, acrescenta.
Adriana Izel, da Agência Brasília | Edição: Rosualdo Rodrigues